sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Pequeno Príncipe




'O Pequeno Príncipe' (Le Petit Prince) é um livro que todos conhecemos. Quem nunca leu, pelo menos já ouviu falar. Publicado pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry em 1943, o livro que ficou também muito conhecido como o livro favorito das “Misses”, encantou o mundo afora com as aventuras do jovem príncipe pelas galáxias em busca de respostas aos seus questionamentos. O livro apesar de ser destinado para o público infantil, ele traz questões filosóficas  através de cada uma de suas páginas. Quem nunca ouviu a célebre frase “O essencial é invisível para os outros e só se vê bem com o coração”, que atire a primeira pedra.

Em 1974 foi lançado uma das suas primeiras versões cinematográficas trazendo Gene Wilder, Bob Fosse, Clive Revill, Richard Kiley entre outros e dirigido por Stanley Donen (Charada). O filme traz todas as aventuras do pequeno príncipe para as telas do cinema, mas mostrando os personagens de carne e osso.


Já no belo longa animado dirigido por Mark Osbourne que teve somente duas estreias até o momento, no fechamento do festival de Cannes e na abertura do Anima Mundi, a animação 'O Pequeno Príncipe' (Le Petit Prince, 2015) é uma bela fábula que mistura tanto a história original, quanto ainda introduz personagens novos em uma nova história, sem perder a essência da história original; o que é ótimo para o novo público de crianças e até mesmo adultos que está conhecendo agora essa história linda.

Na versão de 2015, conhecemos uma menina e sua mãe que fazem de tudo para que a garota entre em uma importante academia que é muito disputada. O primeiro teste ou o “plano A” delas não ocorre como o planejado, fazendo com que elas mudem de estratégia e de bairro também. A mãe traça uma meta de horários para a menina onde ela tem horário para estudar, escovar os dentes etc. Só não tem lugar para ser criança, já que todos os horários estão ocupados com atividades extracurriculares, por conta da vontade de ambas da menina entrar na academia.


Enquanto a mãe sai para trabalhar deixando a menina sozinha estudando, ela acaba conhecendo seu vizinho aloprado, um velho aviador que dá a partida em um velho avião fazendo com que o mesmo vá parar no quintal dela. Irritada a princípio, ela acaba recebendo do velho um papel amassado com desenhos contando a história do Pequeno Príncipe (os mesmos desenhos que tem no livro).

Cada vez mais intrigada com a história, a menina começa a se afeiçoar (e ser cativada) tanto ao Aviador, quanto a história do Pequeno Príncipe, esperando por um desfecho feliz.

O diretor Mark Osbourne (Responsável por outras animações como 'Kung Fu Panda' e 'Bob Esponja') e o roteirista Bob Persichetti (de 'O Gato de Botas') conseguiram transformar uma história já conhecida do grande público, em algo extraordinário ao adicionar elementos novos misturando CGI com Stop Motion. Enquanto que as cenas da garota, com a mãe e o aviador são todas feitas em CGI e se passam nos tempos modernos, as do Pequeno Príncipe aparece quando a menina está lendo sua história são todas feitas em stop motion.


Um filme que promete encantar as novas gerações e fazer com que as anteriores se sensibilizem também, é uma crítica de como as crianças estão crescendo rápido demais, fazendo tantas atividades extracurriculares que, às vezes, esquecem de ser crianças, de brincar, de se sujar na terra e de colocar sua criatividade para funcionar.

'O Pequeno Príncipe' faz parte da 23ª Edição do Anima Mundi e estreia nos cinemas brasileiros no dia 20 de agosto.



Leia a Coluna Digital Rio Na Cabine:
http://digitalriojacarepagua.blogspot.com.br/search/label/cabine


Outras críticas de Louise Duarte, em parceria com o Tabula Rasa, leia+:
http://tabularasa.com.br/cinema/criticas



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