sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Peça inspirada em livro sobre a ditatura estreia no Rio em vários teatros

Inicia amanhã a temporada carioca da peça "Nem mesmo todo o oceano" (sábado, dia 24 de janeiro) por vários teatros da cidade. Será a primeira de várias apresentações no Rio, que acontecerão até março.


© foto de Victor Haim

Nem mesmo todo o oceano

Drama passado na ditadura militar é apresentado em Lonas Culturais e Arenas Cariocas com ingressos gratuitos.

Em 2013 Inez Viana adaptou e dirigiu no palco principal do Espaço Sesc, em Copacabana, o espetáculo "Nem mesmo todo o oceano", adaptação teatral do romance homônimo do escritor, dramaturgo e pensador Alcione Araújo. A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, desvelando os "porões" da ditadura. Após a temporada de estreia o espetáculo foi apresentado em Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato, cidades do Ceará, em Campina Grande na Paraíba, Belo Horizonte, participou da programação do Festival de Curitiba e do Tempo Festival, além de novas temporadas no Rio de Janeiro, sendo indicado ao Prêmio APTR na categoria Melhor Produção e ao Prêmio Questão de Crítica nas categorias Melhor Direção e Melhor Trilha Sonora. Em 2015, de 24 de janeiro até 18 de março, o drama será apresentado em 13 Lonas Culturais e Arenas Cariocas das Zonas Norte e Oeste da cidade, mais o Teatro Municipal Café Pequeno no Leblon, sempre com ingressos gratuitos.

"Nem mesmo todo o oceano" levanta questões de ética e valores, contando a história fictícia de um médico recém-formado, desde a sua difícil infância de menino pobre no interior de Minas, os primeiros tempos de estudante vivendo em pensões no Rio de Janeiro, as decepções amorosas, as frustrações existenciais, a difícil sobrevivência em meio às feras do asfalto selvagem, enfatizando sobretudo o seu processo de perversão espiritual.

– Na peça fatos reais se misturam à ficção, nos trazendo imediata identificação de uma das mais agravantes e dolorosas épocas do nosso país, a era da inocência perdida –, comenta a diretora.

Na encenação de Inez Viana os atores da Cia OmondÉ: Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell, se intercalam nos diversos personagens que compõem a trama, trajam figurino simples porém elegante e atuam com a liberdade do espaço vazio (não há cenário), com isso a diretora privilegia o ator, colocando-o como centro do espetáculo, valorizando o jogo teatral e a imaginação do espectador.

A Cia OmondÉ surgiu, no final do ano de 2009, da vontade da diretora e atriz Inez Viana em formar um grupo com atores vindo de várias partes do Brasil, para o aprofundamento de uma pesquisa cênica, onde a diversidade, brasilidade e o diálogo com a cena mundial contemporânea (tendo como grande mentor o diretor inglês Peter Brook), fossem concomitantemente estudados. Trata-se de uma busca aos signos do teatro, infinitos se pensarmos na precisão de um gesto ou na magia do aparecimento de um objeto em cena, levando o espectador a ser cúmplice e não passivo, co-autor e não somente voyeur do espetáculo. Atualmente, a Cia OmondÉ é formada por dois mineiros, um potiguá, um paraibano, um paranaense e cinco cariocas.

Produzido pela Fábrica de Eventos com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro através do Programa de Fomento à Cultura Carioca, "Nem mesmo todo o oceano" é um thriller contemporâneo dentro de um romance histórico.


FICHA TÉCNICA

Peça: Nem mesmo todo o oceano
Autor: Alcione Araújo
Adaptação e Direção: Inez Viana
Direção de Produção: Cláudia Marques
Elenco da Cia OmondÉ: Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos: GRÁTIS
Sinopse: A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, enfatizando o processo de perversão espiritual do ser humano.

ROTEIRO DAS APRESENTAÇÕES - TEMPORADA: RIO DE JANEIRO

24/1, sábado, às 20h
Lona Cultural Municipal João Bosco: Av. São Félix 601, Parque Orlando Bernardes, Vista Alegre – tel. 2482-4316

30/1, sexta-feira, às 20h
Arena Carioca Fernando Torres: Rua Bernardino de Andrade 200, Parque Madureira, Madureira – tel. 3495-3078

31/1, sábado, às 19h
Lona Cultural Municipal Gilberto Gil: Avenida Marechal Fontenelle 5000, Realengo – tel. 3462-0774

4/2, quarta-feira, às 20h
Lona Cultural Municipal Jacob do Bandolim: Praça Geraldo Simonard, Pechincha, Jacarepaguá – tel. 2425-0825

11/2, quarta-feira, às 20h
Lona Cultural Municipal Elza Osborne: Estrada Rio "A" 220, Campo Grande – tel. 2413-2255

12/2, quinta-feira, às 20h
Lona Cultural Municipal Renato Russo: Praça Poeta Manoel bandeira s/nº, Ilha do Governador – tel. 3366-0589

26/2, quinta-feira, às 19h
Lona Cultural Municipal Herbert Vianna: Rua Ivanildo Alves s/nº, Nova Maré, Maré – tel. 3105-6815

27/2, sexta-feira, às 20h
Lona Cultural Municipal Sandra de Sá: Rua 12, quadra 219, Guandu 1, Santa Cruz – tel. 3395-1630

4/3, quarta-feira, às 20h
Arena Carioca Jovelina Pérola Negra: Praça Ênio s/nº, Pavuna – tel. 2886-3889

5/3, quinta-feira, às 20h
Arena Carioca Dicró: Parque Ari Barroso, Penha – tel. 3486-7643

11/3, quarta-feira, às 20h
Teatro Municipal Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva 269, Leblon - tel. 2294-4480

12/3, quinta-feira, as 20h
Lona Cultural Municipal Carlos Zéfiro: Estrada Marechal Alencastro s/nº, Anchieta – tel. 3019-1654

13/3, sexta-feira, às 20h
Lona Cultural Municipal Terra: Praça Edson Guimarães s/nº, Guadalupe – tel. 3018-4203

18/3, quarta-feira, às 20h
Arena Carioca Chacrinha: Rua Soldado Elizeu Hipólito s/nº, esquina com Av. Litorânea, Guaratiba – tel. 3404-7980

Fonte: Release da Assessoria da Peça

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