sábado, 5 de outubro de 2013

Bienal de Música da Funarte acaba amanhã


CONCERTO NO TEATRO MUNICIPAL ENCERRA A BIENAL DE MÚSICA COM INGRESSOS A PREÇO POPULAR

No dia 2 de outubro, a XX Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Fundação Nacional de Artes – Funarte teve estreia mundial de nove composições brasileiras, oriundas dos estados do Rio de Janeiro (três), São Paulo (duas), Rio Grande do Sul (duas), Pernambuco (uma) e Minas Gerais (uma).

Uma das peças inéditas da paulista Denise Garcia, professora de composição da Unicamp, que dirige o Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural foi apresentada. Sua peça “Tríplice andar” é um mergulho da compositora no universo da percussão. A composição é um viés lúdico, traduzido nas combinações inusitadas de timbres e ritmos dos dois instrumentos, vibrafone e marimba. Trata­se de uma obra leve, acentuada, viva, que alterna e complementa o corpo de ressonância do vibrafone ao ataque mais seco da marimba.

A peça do jovem compositor Daniel Moreira, de 25 anos, bacharel em composição e mestrando em composição, sob a orientação de Pauxy Gentil­Nunes, na UFRJ, é “Fantasia”, que resulta da pesquisa do compositor sobre a temática do humor no discurso musical. Nesta peça, a tematização da infância se reflete nas sonoridades consonantes, alegres e singelas, em gestos lúdicos e em texturas e escrita instrumental referenciadas à música de circo e às trilhas de desenho animado.

O resultado sonoro induz a uma narrativa imaginária, supostamente situada na pureza da mente infantil. A temática da infância mostrou­se uma ferramenta composicional eficaz para o desenvolvimento do humor, cuja compreensão dispensa o uso de diálogos ou cenas extramusicais.

Ontem à noite, o público pode conferir na Escola de Música – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) as músicas “Breviário das narrativas absurdas”, de Bruno Angelo, “À sombra de uma ideia”, de Leonardo de Assis Nunes, “Pernambukalos”, de Armando Lôbo, “Où sont les gracieux galants”, de Mauricio Dottori, “Teorema do macaco infinito”, de Marcos Nogueira, “3 perguntas para flauta, trompa e percussão”, de Mauricio De Bonis, “Fantasia para sax, trompete e percussão”, de Daniel Moreira e “Paisagens pelo telefone & outras estórias”, de Eduardo Guimarães Álvares (in memoriam).

A Bienal de Música da Funarte começou no dia 27 de setembro e termina amanhã (domingo, dia 6) com um concerto no Teatro Municipal. O preço dos ingressos é R$2,00, a venda no local, no dia do concerto.

Esse ano a novidade é que a Bienal vai disponibilizar todas as obras apresentadas na internet. As imagens serão captadas, editadas e depois exibidas no “hotsite” da Bienal de Música, a partir do próximo mês (novembro).

Serviço:

XX Bienal de Música Brasileira Contemporânea
De 27 de setembro a 6 de outubro de 2013
Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte

Salão Leopoldo Miguez
Escola de Música – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Rua do Passeio, 98 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Teatro Municipal
Praça Floriano s/nº – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Mais informações:
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música/ Coordenação de Música Erudita
www.funarte.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário