quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Coletiva de 'Crô - O filme'


Antecipada por causa da agenda do diretor Bruno Barreto, que divulga o filme 'Flores Raras' no exterior, a coletiva de imprensa de 'Crô - o filme' aconteceu no início do mês, junto com cabine de imprensa e a premère do filme de Crô, no dia 11 de novembro.

Visto em primeiramão pela crítica carioca, que ficou dividida, o filme sobre o personagem da novela 'Fina Estampa' estreia amanhã (sexta-feira, dia 29 de novembro) nos cinemas brasileiros.

Aguinaldo Silva escreveu um ótimo roteiro ao misturar drama a comédia de absurdos, que dirigido por Bruno Barreto, conseguiu mesclar bem o estilo de novela ao estilo de filme. No entanto, boa parte da crítica, muito tradicional, ainda prefere ignorar essa mistura de estilos, que no Brasil a muito tempo faz sucesso.

Mesmo que os críticos mais conservadores rejeitem o estilo de filme que mistura a forma de filmagem ao estilo televisivo, 'Crô - o filme' é a prova que a mistura veio para ficar. Se tornando um novo estilo, com características bem brasileiras.

No caso de 'Crô - o filme', Aguinaldo Silva revela que criou uma história divertida e também repleta de dramas, contando o que aconteceu após o ocorrido na novela 'Fina Estampa', reunindo novamente Crô, agora como protagonista, interpretado por Marcelo Serrado, e sua turma, reunindo novamente os atores que interpretaram personagens que faziam parte da história de Crô na novela, Alexandre Nero, Kátia Moraes e Carlos Machado.

Junto a história de Crô, há uma nova história, que envolve os personagens interpretados por Carolina Ferraz e Milhem Cortaz.

Aguinaldo Silva durante a coletiva falou que ao pensar em Crô, queria que o personagem fosse aquele tipo que todos gostasse, ficando feliz de alcançar o objetivo. Sendo o próprio Bruno Barreto fã de Crô.

Sobre a transição de Crô da novela para o cinema, quem curtiu o personagem pode ficar tranquilo que Bruno Barreto respeitou o roteiro escrito por Aguinaldo Silva e não desvirtuou o personagem no cinema. Tanto os atores como o diretor inclusive declararam que não teriam se envolvido no projeto caso Aguinaldo Silva não tivesse escrito o roteiro. Porque não queriam comprometer a integridade dos personagens de um trabalho que apreciaram fazer.

Dada a amorosa declaração, Aguinaldo Silva brinco dizendo que também não daria autorização para usarem seus personagens, se não o tivessem convidado para participar. Declarando que mesmo sendo famoso por seu trabalho na TV, gosta mesmo de escrever roteiro para o cinema, pois há possibilidades e certas liberdades nos filmes que não tem nas novelas. E Bruno Barreto aproveitou para informar ao jornalistas mais jovens, que o autor iniciou a carreira escrevendo no cinema.

Quando questionados sobre de onde veio a ideia de levar Crô para o cinema, Bruno Barreto revela que de conversas dele com Marcelo Serrado. Fã do personagem CrÔ, Bruno Barreto que sugeriu a Marcelo Serrado fazer o filme, durante reuniões do diretor e do ator em um outro projeto que estão fazendo juntos, o filme "João - O Milagre das Mãos”.

O diretor revelou que após as conversas sobre o filme com Marcelo Serrado, que achou a ideia ódia, que resolveu falar com Aguinaldo Silva e convidá-lo para escrever um roteiro para um filme.

Aguinaldo Silva comente que ao escrever um roteiro de cinema, teve a oportunidade de incluir alguns elementos que seria impossíveis de usar nas novelas. Não só em relação ao tempo de duração, pois um filme dura geralmente cerca de duas horas e novelas são meses, mas também quanto a temática, o universo gay, que ainda é um assunto controverso no Brasil.

O trabalho de Bruno Barreto em 'Flores Raras', também deu ao filme de Crô uma dose de sensibilidade, o que é raro no cinema nacional quando o assunto é o universo gay.

A dupla de roteirista e diretor conseguiu na dose perfeita de divertimento e drama, que faz o público ri e também se emocionar. Infelizmente, mesmo com toda a dedicação, a produtora Paula Barreto revelou que foi extremamente complicado conseguir patrocínio para o filme. Porque poucas são as marcas dispostas a ter seu nome associado a um personagem gay.

No entanto, isso não desanimou a equipe, que por fim decidiu empréstimo no banco para concluir o orçamento e poder filmar. Por isso estão na torcida para que a bilheteria cubra os gastos pendentes.

O filme para Bruno Barreto, Aguinaldo Silva e Marcelo Serrado é a prova de que paixão por um personagem e uma boa história, é que faz um bom filme.


Texto: Anny Lucard
Fotos: Louise Duarte - www.tabularasa.com.br

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