Segue uma carta escrita por anônimo em um protesto bem humorado com foco nas taxas absurdas dos bancos, mas que resume tudo que os brasileiros e brasileiras estão passando em relação a pagamento de impostos. Porque no que diz respeito a pagar taxas e mais taxas, sobre tudo que se faz nesse país, nada de bom temos em troca.
Seja pagando taxas em bancos que não melhoram em nada a vida dos clientes, ou os impostos que são gastos em obras faraônicas, ao invés de resolver problemas como os causados pelas chuvas de verão que chegam, ano após anos, causando tragédias, ceifando vidas e se não for o espírito solidário dos brasileiros, muito menos seria feito.
Anny Lucard
CARTA
PROTESTO DE UM CLIENTE DE BANCO
QUE BEM
QUE PODIA SER VOCÊ
Esta carta foi
enviada ao Banco Itaú, porém, devido à criatividade com que foi
redigida, deveria ser direcionada a todas as instituições
financeiras. Tenho que prestar reverência ao brasileiro(a) que, apesar de ser altamente explorado(a), ainda consegue manter o bom
humor. - Fonte: Facebook
Senhores
Diretores do Banco Itaú,
Gostaria
de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa
mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela
existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de
qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria
assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma
pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira,
mecânico, costureira, farmácia etc).. Uma taxa que não garantiria
nenhum direito extraordinário ao pagante.
Existente
apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que
serviria para manter um serviço de alta qualidade.
Por
qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de
combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou,
dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?
Pois,
ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam
com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.
Minha
certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte
cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me
atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do
pão, assim como, todo e qualquer serviço..
Além
disso, me impõe taxas. Uma "taxa de acesso ao pãozinho",
outra "taxa por guardar pão quentinho" e ainda uma "taxa
de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito
profissionalismo, claro.
Fazendo
uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que
ocorreu comigo em seu Banco.
Financiei
um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me
cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço
de mercado pelo pãozinho.
Entretanto,
diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando
apenas pelo produto que adquiri.
Para
ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma
"taxa de abertura de crédito'"- equivalente àquela
hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores
certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não
satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento,
fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco.
Para
que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma "taxa de
abertura de conta".
Como
só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma
conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a
uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível
fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.
Antigamente,
os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como
"papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns
Gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era
devidamente embolsado.
Fiquei
com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos
gerentes
inescrupulosos.
Agora
ao invés de um "por fora" temos muitos "por dentro".
-
Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os
senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
-
Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a
manutenção da conta" semelhante àquela "taxa pela
existência da padaria na esquina da rua".
-
A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada
trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá
nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros
(preços) mais altos do mundo.
-
Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quentinho".
-
Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me
atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão
taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.
Cordialmente,
retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores
esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas
instalações de seu Banco.
Por
favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um
financiamento ou se vendi a alma!
Depois
que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me
respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um
serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua
responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências
governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e
tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto
por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.
Sei
disso. Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que
protegem seu negócio de todo e qualquer risco.
Presumo
que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de
influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados..
Sei
que são legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que
estejam garantidas em lei, vocês concordam o quanto são
abusivas.!?!
ENTÃO
ENVIEM A QUANTOS CONTATOS PUDEREM.
VAMOS
VER SE MEXE COM A CABEÇA DE QUEM FEZ ESSAS LEIS PARA PENSAREM O
QUANTO ESTÃO ERRADOS!!!
Já
fiz minha parte enviando para você.
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