sábado, 14 de março de 2015

#‎RioContentMarket - Atores para personagens e trilha musical bem escolhidos podem determinar o rumo da história

A vinda ao Brasil da roteirista e produtora, Erika Green Swafford, não só proporcionou os presentes da "pré" Rio Content Market 2015, Warm up (leia a respeito AQUI), uma palestra fantástica, mas abriu os olhos de muitos para a importância de roteiros bem construídos em relação aos gêneros escolhidos e também de algumas coisas que geralmente passam despercebidos, como escolha dos atores certos para os papeis e música.


Com muita simpatia e bom humor, mas sem deixar de falar sério, Erika Green Swafford falou não só do trabalho de 7 anos na bem sucedida série 'The Mentalist', falou da importância da construção de cada personagem e roteiro para cada episódio e não somente em relação a escrever bem, mas quanto a veracidade da história contada.

Destacando, por exemplo, o fato de não ter muitos personagens negros em uma séries, especialmente lamentando o fato ao exemplificar usando uma de grande sucesso nos Estados Unidos, que destacou se passava em uma das maiores e mais ecléticas cidades do mundo, New York. A crítica foi não só de uma profissional, mas de uma fã, que afirmou gostar muito de 'Friends', só que sentia falta de um personagem com quem se sentia mais familiarizada. Afirmando que o fato, aparentemente sem importância, era dado ao fato de grande parte dos roteirista americanos serem de homens e brancos. "70%, mulheres então são uma minoria", observou.

Foi ai que ela falou sobre seu próximo trabalho, a série 'How to Get Away with Murder' na qual também será roteirista e produtora, onde trabalhar com uma das produtoras de 'Grey's Anatomy' e 'Scandal', Shonda Rhimes, da qual Erika Green Swafford falou com bastante orgulho do ótimo trabalho feito atualmente na área.

Os presentes na palestra tiveram a chance de ver algumas cenas de episódios de 'How to Get Away with Murder', até então inédita no Brasil, mas que estreou na quinta-feira passada (5 de março) e debater a respeito. Estrelada pela atriz Viola Davis, mesmo sem poder falar muito além, a roteirista e produtora comentou pontos como a boa escolho de elenco e a trilha sonora. Só não dava para falar muito da trama, pois mesmo sendo um drama, possui doses de suspense somada a um mistério envolta de um crime e seria outro crime dar spoiler da série.

No Brasil, já foi ao ar os dois primeiros episódios no canal Sony e por eles já deu para perceber que a cada nova história um acontecimento passado fará link ao futuro presente, onde parte do elenco lida com um assassinato. Isso não é spoiler, pois a história é contada em dois tempos, onde o público sabe o fim da história. Sim, turma do ant-spoiler, já sabemos o final... A pergunta é como os personagens chegaram aquele momento? Uma pergunta que poderia parecer simples, só que a cada episódio se torna mais enigmática.

Com uma dose de drama realístico, há a inclusão de passados e revelação de personalidades complexa. A própria personagem principal questiona aos alunos se eles conhecem realmente as pessoas as sua volta para ter certeza o que seriam capazes de fazer. A trama com inclusão de dramas pessoais para cada personagem, faz não só a atriz principal se destacar, mas cada um dos jovens e talentosos atores, como de alguns veteranos, como a atriz Liza Weil, que se destacou em séries como 'Gilmore Girls' e 'Scandal'.

Escolha dos atores pode fazer a diferença e determinar mudanças na trama, alguém imagina 'The Mentalist' sem Simon Baker como Patrick Jane? Só que quase que o ator não entrou no elenco. "Seria uma história completamente diferente," afirmou Erika durante a palestra.

Vale destacar o trabalho do ator Jack Falahee, como Connor Walsh, que surpreende a cada novo episódio. Há fãs inclusive que já andam brincando sobre a versatilidade do personagem interpretado pelo ator, fazendo referência a outro personagem do tipo, ao afirmado que desejam um filme "50 Tons de Connor Walsh" protagonizado por ele. Isso porque o ator consegue levar seu personagem a vários níveis em sua atuação. Indo do completo canalha desalmado, ao mais adorável bom rapaz para apresentar a mãe.

Outro destaque é na hora da escolha da trilha sonora, a própria Erika Green Swafford falou da importância, pois mesmo que muitas vezes seja um gasto alto, a força de uma trilha musical bem feita não só pode ajudar a potencializar as cenas, mas também caracterizar história e personagens. A música que abre o piloto, por exemplo, possui uma mistura sonora que cria um tom ilusório de tic-tac de relógio junto a uma pegada bem ritmada, que remete o público ao fato da situação em que os personagens se encontram ser crítica e que deve ser resolvida logo. Além do fato de se escolherem errado, essas escolhas irão determinar o resto de suas vidas. Um passo em falso e a vida acabou.

Leia+: #RioContentMarket

Sobre a edição 2015: RCM 2015


NOTA:
O texto e a foto são de Anny Lucard e esta foi a de estreia do ANNY LUCARD - ENTRETENIMENTO E TECNOLOGIA, um lugar onde conteúdo de qualidade sobre cultura e tecnologia será o foco principal. Por conta da cobertura da Rio Content Market 2015 e parceria com a repórter, estaremos reproduzindo algumas das matérias aqui no Blog da Digital Rio. Fique ligado!

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