Na semana passada, terça-feira (4), foi realizada no Consulado da Argentina uma Coletiva de Imprensa para divulgar as principais atrações da 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, assim como o nome do país homenageado (que o local escolhido para a Coletiva já foi uma boa dica).
Durante um bruch, a mídia convidada, presente no Consulado, recebeu informações sobre as novidades da 17ª edição da Bienal Carioca, assim como puderam fazer perguntas a alguns dos envolvidos na organização. Como o responsável pelas atrações focadas no público jovem, João Alegria, um dos mais empolgados ao falar das novidades para esse ano.
Antes de abrirem para perguntas, o cônsul da Argentina, Marcelo Bertoldi, falou da importância da homenagem ao seu país, considerado o de maior número de leitores da América Latina, e bem no ano em que o Rio de Janeiro faz 450 anos. No entanto, como um irmão que adora cutucar o outro, o video exibido durante a apresentação, onde belas imagens da Argentina foram vistas, claro que teria destaque para a paixão que os argentinos dividem com boa parte dos brasileiros, o futebol. Quem sabe a saudável rivalidade, no futuro, faça os brasileiros começarem a disputar com os argentinos quem é o maior leitor da América Latina, porque até agora a Argentina é a primeira e sem adversário forte para tomar o título.
"A Argentina é um país de variedades e contrastes, com uma cultura rica e apaixonada que tem um reconhecimento sem precedentes no Brasil. A Bienal é uma oportunidade para estreitarmos ainda mais essa relação", declaro o cônsul.
Marcos da Veiga Pereira, de SNEL, um dos organizadores do evento, falou do desafio de renovar a cada nova Bienal, lembrando da importância do evento Rio de Janeiro, pois "a cidade se enfeita de Bienal do Livro".
Gonzalo Entenza, do Ministério das Relações Exteriores da Argentina falou um pouco das atrações que trarão para a Bienal RJ. Afirmando que buscaram a maior diversidade possível entre os autores selecionados.
Sobre o stand argentino, além da opção glacial do visual, já que é o país latino mais frio por conta de sua geografia, também farão referência ao autor Jorge Luis Borges e o seu conto 'A biblioteca de Babel'.
Quanto aos nomes dos autores que confirmaram presença, estão Martín Kohan, Tamara Kamenszain, Eduardo Sacheri, Claudia Piñeiro, Mariana Enríquez, Mempo Giardinelli, María Moreno, Sergio Olguín, o cartunista Tute, Diana Bellessi, Noé Jitrik, Inés Garland, Silvia Schujer e Luciano Saracino. (Em breve maiores detalhes sobre cada um e suas obras.)
O Café Literário ganhou um novo curador, Rodrigo Lacerda, que em sua estreia no cargo não poderia ser uma melhor escolha, já que o autor sempre esteve envolvido com a Bienal de uma forma ou de outra, de vendedor de livros a autor e também mediador. Ele está focando nos 450 anos do Rio de Janeiro, mas vários assuntos serão abordados. Afirmando que o mundo literário gira em torno da nossa realidade, ele revelou que nessa edição terá uma área especial para autógrafos e também destacar temas atuais polêmicos, indo de biografias e a crise econômica.
O mais empolgado do grupo, João Alegria, responsável tanto pelo espaço Bamboleio, como pelo Cubovoxes, falou da ideia inovadora de se inspirar no Bambolê para criar o espaço para as crianças, onde elas vão participar de jogos literários e brincadeiras. As atividades interativas incluem uma enorme biblioteca.
Em sua quarta participação na Bienal o autor e historiador João Alegria, do Canal Futura, fala de um dos motivos de escolher um nome inspirado no Bambolê, não só por lembrar os arcos olímpicos, mas principalmente por destacar o jogo de cintura que precisamos ter para conviver bem diante da diversidade.
Quanto ao espaço jovem, chamado de Cubovoxes inclui a ideia de compartilhar tendências, ideias e filosofias, tornando o lugar uma verdadeira manifestação cultural, onde adolescentes e jovens adultos vão encontrar ídolos literários e debater com eles assuntos diversos.
Com 950 expositores, cerca de 200 autores já confirmado, entre nacionais e estrangeiros, somando todos os dias de evento, serão 125 horas de programação diversificada. Que acontecerá entre os dias 3 até 13 de setembro, no Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.
Em 2015, a espectativa para a 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro é que seja uma das maiores já realizadas, que pela primeira vez terá um espaço para negócio, tornando o evento não só um dos maiores do país, mas colocando-o no circuito internacional, pois a Bienal vai promover a aproximação de autores, fãs e também editores, livreiros, professores, estudantes e leitores.
Além do espaço para negócio, Agents & Business Center, parceria inédita com a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, que acontecerá durante os três primeiros dias da Bienal que irá criar uma forma de agentes literários e outros profissionais da área trocarem ideias e realizar negócios, também há outra novidade, um espaço para os poetas.
Chamado de SarALL, a novidade aumenta a diversidade da Bienal, ampliando conteúdos e abrindo para novo público. Em parceria com a Flupp (Festa Literária das Periferias), durante os dias 4 e 6 de setembro, poetas e grupos de saraus originários de diferentes regiões do país estarão se reunido para mostrar suas obras.
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro também fará uma segunda homenagem na edição 2015, pois além dos 450 anos do Rio, Mauricio de Sousa está comemorando seus 80 anos e claro que a data não passará em branco.
Local do evento: Riocentro (Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca 22780-160 – Rio de Janeiro – RJ)
Datas e Horários: Dia 3 de setembro: 13h às 22h; Dias de semana: 9h às 22h; Fins de semana: 10h às 22h
Valor do ingresso: R$ 16,00 (Inteira); R$ 8,00 (Meia-Entrada).
Em breve outras matéria sobre as atrações da Bienal do Livro RJ 2015, leia+: BIENAL RJ 2015
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SITE DO EVENTO
www.bienaldolivro.com.br
Texto e fotos: Anny Lucard
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