(Luis Eduardo Mata - Rio de Janeiro - 2012)
No começo da história da atual humanidade, a escrita e consequentemente a leitura, era para poucos. Só a elite de cada povo tinha o direito a aprender a ler e escrever. Geralmente sarcedotes, que detinham o poder da informação e do que dizer e não dizer ao povo analfabeto, pois política e religião era basicamente a mesma coisa.
Somente com a criação da primeira forma de alfabeto, pelos Fenícios, que viria a inspirar a criação de outros, como o grego e romano, que chegamos as letras alfabéticas que se usam hoje em dia, especialmente no mundo ocidental. E o alfabeto foi decisivo para propagar o conhecimento entre os povos... Ou deveria.
Foi através do alfabeto, que iniciou-se uma longa luta pelo direito a informação. Afinal sem o conhecimento, os povos do mundo não podem lutar por seus direito, nem mesmo pensar em leis justas, democráticas e que permitam a igualdade em uma nação; sem preconceito de raças, sexos e religião. Sem conhecimento o povo é facilmente manipulado e acreditará em qualquer coisa que os soberanos/ditadores falarem, por não serem capazes de pensar si mesmo.
Uma nação não é feita por uma religião, ou só por um sexo, nem por uma cor de pele, logo as leis devem ser feita para todos, não para uma elite, ou minoria eletista que se acha melhor que os outros e por isso, teriam o direito de serem beneficiados com maior conhecimento e os outros não.
Para se ter direitos iguais, antes de tudo o povo precisa ter discernimento e conhecimento é fundamental. Ter acesso a informação e discutir com outros, o que funciona e o que precisa ser revisto e reformado é fundamental. Para isso, ser alfabetizado é importe. Porém ser um leitor é ainda mais. Saber ler e escrever, nem sempre significa buscar o conhecimento.
Em países no mundo, onde o livro é visto como algo chato ou para poucos, é importante que a leitura por prazer seja estimulada, para que então o povo continuem sua busca por mais pela própria vontade. Muitas vezes um livro policial fantástico e totalmente fictício, pode inspirar meninos e meninas a se tornarem investigadores de policia, histórias de ficção científica podem inspirar outras crianças a buscar pelo conhecimento científico e dar ao país novos cientistas. Porém para isso, precisam ler sem medo, sem obrigação, apenas pelo puro prazer de ler.
É com essa ideia em foco, que
Luis Eduardo Matta iniciou sua palestra na terça passada, na Academia Brasileira de Literatura, no centro do Rio de Janeiro. Dizendo primeiramente que devemos tratar o livro por VOCÊ e não por VOSSA SENHORIA, pois o livro deve ser uma companhia agradável e não uma obrigação enfadonha.